quinta-feira, 27 de março de 2008

O Entardecer

Sinto pressságio, a agonia invade a florescência
Estamos na alcova do cinturião clemente, choramos!
Caminhamos com furor à distância perseguida e demente
Buscamos sempre o ócio impávido, sem agruras e pedras.
Cozinhamos a apetência dos que clamam por mais vidas, um sonho
Lá pelas tantas goza o sol para depois desfrutar o calabouço da penumbra,
Em plena treva some-se pelo céu o infinito que tomba no outro lado, silencia.
Um insolente astro perdura sob as vigas de horizonte em tempos em tempos,
Anda vagante, anda, percorre o caminho do indivisível e funesto, distante a calmaria.
Sente o sôfrego e pálido sol que se acanha em descompasso, frívolo sem cores.

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